quarta-feira, 27 de julho de 2011

Amor à distância



É uma arte. A (não-tão-doce) arte da convivência descontinuada. Eu lhes pergunto: por que tamanha dificuldade? Ou como se diz em inglês: What's the big deal? A grande questão diz respeito, à duas pessoas que se amam, e que, por algum motivo (geralmente grande), vivem à algumas milhas de distância um do outro. E no que isso afeta? Imagine-se viciado em algo - todos, sem exceção têm um vício - e esse algo, tão essencial à você, não te é acessível. Você, então, deseja ter aquilo, usufruir de todo prazer que esse vicio te proporciona, mas isso, simplesmente não é possível. Você passa então, à exagerar quando estar diante do seu objeto de desejo - por que afinal não se sabe quando poderá ter aquilo de novo. E, (in)felizmente exageros não são saudáveis... (Nem para mais, nem para menos).
Uma outra questão a ser tratada, é que diferentemente dos vícios, um relacionamento à distância lida com (pasmem) dois seres humanos, que, cada qual a seu modo, passam por alegrias e decepções... Pense em você mesmo recebendo uma ótima (ou pessima) notícia, e não tendo com quem dividir aquilo (pelo menos, não de maneira inteirina), contentando-se com um telefonema, ou sms? E mesmo a própria saudade já se encarrega de piorar muito essa situação.
Por que, muitas vezes, o que realmente uma pessoa precisa é da presença do outro, e só. Nenhuma palavra no mundo substitui um abraço, um beijo, ou um cafuné.  Dinheiro algum, ou presente, justifica a ausência em uma data especial. E esta é, a grande dificuldade de lidar com aquilo que realmente queremos por perto e, não podemos ter...

(Angelica Almeida)

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